quinta-feira, 14 de abril de 2011

É obsidade ou não?...

O professor Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral. Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna. «Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada.

Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.» Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada. Os cozinheiros
desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas
e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts
da imaginação.»

O problema central está na família e na escola.

«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas. Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma: «o jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas.

A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.

«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura. «o conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades.

Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem teto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras. «Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência. A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.

Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam.

É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos.

O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos.

Precisa sobretudo de dieta mental.»

RoseArtFibra: COMO SER UMA ARTESÃ PROFISSIONAL

RoseArtFibra: COMO SER UMA ARTESÃ PROFISSIONAL: "1 – Marca Crie sua marca, ou um logótipo para por nos seus trabalhos. Vc pode imprimir em papel e colar nos trabalhos, ou fazer em etiqueta..."

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Boa Tarde!




“Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e
a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia a inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!”

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Incentivo do Sebrae ao artesanato brasileiro

 
Fonte: Termo de Referência Artesanato

 

 
O Sebrae capacita artistas empreendedores e fomenta o mercado do artesanato
Nas 27 Unidades Federativas do país, o Sebrae investe em estratégias de atuação diferenciadas que possibilitam o desenvolvimento de cada categoria de artesanato, mantendo, entretanto, os valores simbólicos dos modelos culturais.

 
Histórico

 
As ações empreendidas pelo Sebrae, a partir de 2002, marcaram sua presença em 16,6% dos municípios brasileiros e capacitaram 90 mil artesãos.

 
Em 2002, a Fundação Universitária de Brasília - FUBRA realizou Pesquisa de Avaliação da Satisfação e do Desempenho do Cliente Sebrae. Os resultados indicaram que 98% dos entrevistados avaliaram como positiva as ações do Sebrae no Artesanato, estimulando o empreendedorismo, a geração de emprego e a renda na comunidade.

 
Na pesquisa foi também detectado que as ações desenvolvidas nos estados, embora eficientes, eram pontuais e careciam de articulação com os demais Sebrae/UF. Considerando a importância social, econômica e cultural do setor artesanal constatou-se, portanto, a necessidade do desenvolvimento de uma logística de atuação do Sebrae, de forma sistematizada e contínua, com o objetivo de articular e integrar as ações das unidades do Sebrae nos 27 estados.

 
As ações foram reavaliadas e redesenhadas com a participação de todos os coordenadores estaduais. As experiências bem-sucedidas foram compartilhadas e as abordagens e conceitos nivelados, alinhando-os às estratégias e prioridades do Sistema Sebrae, frente às necessidades das comunidades. O novo formato apresenta uma abordagem integrada com estratégias de atuação diferenciadas para que se possa atender as especificidades de cada categoria de artesanato.

 
O objetivo do Sebrae é fomentar o artesanato de forma integrada, enquanto setor econômico sustentável que valoriza a identidade cultural das comunidades e promove a melhoria da qualidade de vida, ampliando a geração de renda e postos de trabalho.

 
O Sebrae visa com suas ações:

 

 
  • Ampliar as oportunidades de ocupação e renda;
  • Contribuir para a formalização do setor;
  • Ampliar o acesso ao crédito e à capitalização;
  • Promover o acesso a tecnologias adequadas ao aumento e melhoria da capacidade produtiva;
  • Utilizar a inovação como um dos fatores de diferenciação do produto artesanal;
  • Promover a educação empreendedora;
  • Promover a cultura da cooperação, estimulando a criação e o fortalecimento de associações e cooperativas;
  • Promover o acesso a mercados;
  • Utilizar o marketing como uma das ferramentas para impulsionar a competitividade;
  • Resgatar a cultura como fator de agregação de valor ao artesanato, promovendo produtos com a "cara brasileira”;
  • Disponibilizar informações sobre a utilização racional dos recursos naturais, segundo os postulados da legislação ambiental;
  • Socializar o acesso às informações e ao conhecimento no âmbito do setor artesanal;
  • Articular parcerias para aumentar a participação do artesanato na produção nacional e para o conseqüente fortalecimento do setor.

 
A integração das ações do Sebrae nos 27 estados prevê o desenvolvimento e a ampliação da capacidade produtiva dos artistas, a melhoria de sua estrutura técnica e da qualidade do produto artesanal, de maneira a incrementar as vendas e, assim, promover sua inserção e permanência no mercado.

 
Situação atual: em aproximadamente 2.700 municípios, foram capacitados 220.000 artesãos. As ações empreendidas marcam a presença do Sebrae em 48% dos municípios brasileiros.

http://www.sebrae.com.br/setor/artesanato/sobre-artesanato/artesanato-no-sebrae/integra_bia?ident_unico=649

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Cresce a formalização do trabalho no Brasil, diz estudo

Um dos empurrões para o crescimento das empresas formais foi a Lei do Microempreendedor Individual, em vigor desde junho

Agência Estado

Aos poucos a formalização avança no Brasil e reduz o universo dos trabalhadores informais que ganham a vida em casa ou nas ruas. É o que mostram dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo o pesquisador Marcelo Neri, do Centro de Pesquisas Sociais (CPS) da FGV, a parte da população na categoria empregador aumentou de 3.347.564 (2007) para 4.095.249 (2008). Em parte isso acontece pela pressão dos formalizados sobre os informais.

"Imagine o impacto do McDonald's na Rocinha na vida do vendedor de churrasquinho. Isso acontece em diferentes tipos de negócio", analisa Neri.

Um dos empurrões para o crescimento das empresas formais foi a Lei do Microempreendedor Individual, em vigor desde junho. A previsão era que até dezembro se chegasse a cem mil microempresários regularizados. Mas 2009 fecha com 110 mil, segundo previsão do Ministério do Desenvolvimento e do Sebrae. A adesão não foi maior porque nos primeiros meses o site para a regularização das empresas teve problemas.

Empreendedores

Outra peculiaridade de 2009 foi que pela primeira vez o número de empreendedores brasileiros por vocação superou os que procuraram ter o próprio negócio por necessidade, segundo pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que mede a taxa de empreendedorismo em vários países, inclusive no Brasil. A relação, que normalmente era de 50%, passou a ser de dois terços para aqueles com vocação contra um terço para os abrem um negócio por necessidade. O estudo é feito pelo Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP), com o apoio do Sebrae.

"Isso tem a ver com o aumento da escolaridade e com o contexto econômico, que permite um melhor planejamento dos negócios. Além disso, os brasileiros estão cada vez mais interessados em adquirir conhecimento antes de montar um negócio", diz Ricardo Tortorella, superintendente do Sebrae de São Paulo.

Essas mudanças têm refletido também no índice de mortalidade das pequenas empresas. Há dez anos, a cada cem que abriam, 40 quebravam. Hoje a relação é de 27 para cem. Tortorella acredita que as micro e pequenas empresas foram as menos afetadas pela crise no último ano. Sem tradição exportadora, não sofreram com a retração no consumo internacional.

Cheguei lá

Aldir, empreendedor nato, deixou Itapipoca, no interior do Ceará, em 1992 com destino a São Paulo na esperança de retornar à cidade natal como um homem de negócios bem sucedido. Com nove anos ele já ajudava os pais que tinham uma banca de frutas na rua. Foi aí, como um ajudante de ambulante, que Aldir tomou gostou pelo trabalho nas ruas e viu a possibilidade daquele ser seu ganha-pão.

Hoje aos 36 anos, Francisco Aldir Pereira Teixeira espera voltar a Itapipoca com a mulher Francisca Ardilene Magalhães Teixeira, a Lena, em breve para rever a família e mostrar como a vida mudou nos 17 anos em que vive em São Paulo. Há cinco meses o casal abriu uma loja de bijuterias no centro da cidade. Pequena, mas tudo muito caprichado. Os dois revezam entre as compras e o atendimento à clientela, com a ajuda de duas funcionárias - registradas, segundo Aldir. Além disso, o ex-ambulante tem uma funcionária num pequeno box de bijuterias, também no centro, e dois funcionários que trabalham em sociedade nas ruas da cidade.

O começo, é claro, foi difícil. Quando chegou a São Paulo, Aldir trabalhou como garçom por seis meses. Ficou mais um período na cidade e teve mais algumas idas e vindas entre São Paulo e Itapipoca. Até que decidiu que precisaria insistir. No começo dividiu um pequeno quarto com outros quatro cearenses. Decidiu que seria ambulante e vendeu de tudo um pouco: bolsas, doces, cachorro-quente, óculos, cachecol e guarda-chuva. Ele nem se lembra de quantas vezes precisou fugir da fiscalização. "Tive muita sorte de conseguir escapar tantas vezes. Esse é o maior risco para os camelôs, perder a mercadoria para o rapa e ver todo o dinheiro investido ir embora", conta.

Apesar das fugas da fiscalização, dos dias debaixo de chuva, do sol forte e de sofrer com o frio paulistano, Aldir persistiu. Quando chovia vendia guarda-chuva. No frio oferecia meia e cachecol. Assim conseguiu juntar dinheiro para alugar o box para vender bijuterias. Os negócios progrediram e ele montou a segunda loja. Hoje Aldir já fala em ter um terceiro ponto.

Falta de preparo

Mas nem todo mundo chega às mesmas conquistas de Aldir. Rosimeire Rodrigues, ex-moradora de rua, é camelô na rua São Bento, no centro de São Paulo, há dois anos. Vende chocolate e água. Quando surge algum produto da moda, como as pulseirinhas coloridas de borracha que viraram febre entre as adolescentes, ela procura diversificar. Com o aumento da fiscalização da Prefeitura e da Polícia Militar, ela já se acostumou com a rotina de fechar a caixa de chocolates, pegar o cavalete e se embrenhar no meio dos pedestres. É só ouvir "olha o rapa, olha o rapa" e ela desaparece.

Ela não tem ideia do que é capital de giro ou outros termos do mundo dos negócios. Sabe que precisa pagar o chocolate comprado em um atacado à vista, com dinheiro. Gasta por volta de R$ 27 na caixa grande, com 21 unidades. Vende um chocolate por R$ 2 e três por R$ 5. Rosemeire calcula que ganha por volta de R$ 100 por dia. Por enquanto, segundo ela, não sobrou dinheiro para luxos. Ela e o marido, que ajuda nos negócios, moram de aluguel.

Pela experiência de Alexandre Tadeu da Costa, Rosimeire teria de mudar o jeito de administrar os negócios se quisesse progredir como microempresária. Precisaria reinvestir os ganhos no negócio para crescer e com o tempo se formalizar. Foi o que o dono da Cacau Show fez.

Porta em porta

Costa virou empresário aos 17 anos. Inconformado por ter de trabalhar na família que se dividia entre vários negócios porta a porta, e ser tratado como "café-com-leite" por ser o caçula da família, ele decidiu partir para o próprio negócio. Pegou um catálogo de chocolates que a mãe guardava em casa e saiu pela vizinhança pegando encomendas para a Páscoa. Só esqueceu de checar na empresa se havia ovos de chocolate de todos os tamanhos.

Com a encomenda pela metade, teve a ideia de pegar US$ 500 emprestados com um tio e correu para um atacado que vendia chocolates. Conheceu Dona Cleuza, que se sensibilizou com o sufoco do jovem e se propôs a ajudá-lo a dar conta da encomenda. Os dois passaram mais de 24 horas na cozinha até conseguir atender a todos os pedidos. Assim surgiu a Cacau Show, a maior rede do ramo no Brasil, com 750 lojas e previsão de faturamento de RS$ 270 milhões em 2009 - 70% a mais do que em 2008.

"Sempre brinco que a minha faculdade foi a 25 de março. Tem gente com problema que se abate. Outros procuram uma saída. É assim que pode surgir um empreendedor. No sufoco, sem trabalho, ele compra a caixa de doce por R$ 10 e vende por R$ 20. O segredo é sempre reinvestir o ganho e pensar onde se quer chegar."

Costa lembra que começar um negócio no Brasil não é fácil. Primeiro pela falta de capital para os informais. Além disso, a dificuldade em regularização da empresa. "Logo no início ouvi do Pedro Passos, da Natura, que seu eu quisesse ser grande, teria de ser formal. Foi o que fiz um ano depois de começar minha empresa." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Os textos veiculados pela Agência Sebrae de Notícias podem ser reproduzidas gratuitamente, apenas para fins jornalísticos, mediante a citação da agência. Para mais informações, os jornalistas devem telefonar para (61) 3348-7494 ou (61) 2107.9362, no horário das 10h às 19h.

http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=9357848&canal=36

Mapa da mina

Pesquisa mostra que os empresários brasileiros ainda desconhecem o potencial de vendas do e-commerce. Para quem apostou na ferramenta, os lucros foram altos em 2009

Da Redação

A cultura do chamado e-commerce ainda engatinha no Brasil. Apesar de 66% das empresas do país manterem uma página eletrônica ativa na rede, são poucos os que exploram a internet para vendas. Um estudo da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) revelou que, do total de empresários que afirmaram ter site do negócio, 36% não implementaram o recurso para comercializar seus produtos. Quase metade dos consultados na pesquisa — 46% — entendem que não há a necessidade de usar a ferramenta. Outros 13% disseram que não trabalhavam com o canal de vendas por falta de conhecimento do assunto.

Trabalhar com o serviço de e-commerce, de fato, não é uma tarefa simples. O processo inicial requer planejamento detalhado de estrutura e necessidades da empresa. Além disso, a ferramenta demanda um sistema de logística complexo, que garanta a eficiência das entregas. Outro fator primordial é a segurança para que os dados de usuários possam ser fornecidos, e os pagamentos, realizados sem qualquer empecilho. Por outro lado, o comércio eletrônico proporciona mais uma oportunidade para a empresa lucrar. Esse recurso é um novo ponto de vendas que, muitas vezes, transforma-se no mais rentável da marca.

Um dado curioso que chama a atenção no estudo divulgado pela ACSP aponta que 76% das grandes empresas, teoricamente mais bem estruturadas, não têm o serviço de e-commerce para vender seus produtos e não utilizam a ferramenta para comprar de fornecedores. Enquanto isso, as pequenas empresas despontam como empreendedoras virtuais. São elas as que mais usam o recurso, com 46% do total. Em seguida, no ranking das empresas que são adeptas do e-commerce, estão as médias, com 38%, e as micros, com 34%.

“Interessante quando analisamos que micros, pequenas e médias empresas possuem um percentual acima das grandes empresas na realização de compras ou vendas online. Isso demonstra que esses empresários estão mais atentos às novas ferramentas e às oportunidades de expansão de seus empreendimentos. Porém, mesmo entre esses empreendedores, o índice daqueles que utilizam esse recurso é muito baixo”, pontua, em trecho do estudo, a especialista em estratégias digitais e superintendente de Marketing da ACSP, Sandra Turchi.

Planejamento

Fausto Freire é consultor em e-commerce e explica que o principal entrave para a implementação das vendas online é a logística. De acordo com ele, é necessária uma análise detalhada de como todo o processo funcionaria para cada produto. Alguns dos itens vendidos podem ser enviados pelo correio, o que facilita para a empresa. No entanto, outros dependem de armazenamento especial e precisam de transportes específicos para serem entregues. Freire também alerta para a qualidade da página eletrônica, que deve ser atrativa para os internautas.

“Grande parte das empresas montou o site durante a popularização da internet, quando a rede ainda oferecia poucas opções de interatividade e a página funcionava mais como um cartão de visitas. Com a evolução da web, o e-commerce ganhou força. Um bom e-commerce deve oferecer uma vitrine para a avaliação dos produtos, uma ferramenta para que os clientes possam tirar dúvidas, uma logística bem organizada capaz de manter o bom funcionamento da loja virtual e a boa segurança, para deixar o consumidor tranquilo na hora de realizar o pagamento”, afirma Freire. Ele diz, ainda, que o investimento, dependendo da complexidade do processo, pode ser altíssimo. Porém, em alguns casos, é possível instalar um sistema de vendas online por R$ 10 mil.

Quem apostou no e-commerce não se arrependeu. O sucesso do comércio eletrônico é latente no Brasil. Um exemplo disso é que foram batidos recordes de vendas no Natal de 2009. O segmento foi responsável por movimentar, entre 15 de novembro de 24 de dezembro, R$ 1,6 bilhão. A quantia é 28% maior que o obtido em 2008, na mesma época (R$ 1,2 bilhão). Desta vez, a grande vedete ficou por conta dos livros. Os eletrodomésticos também tiveram boa saída, principalmente por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Ganhando mercado

O Grupo Educacional Alub resolveu investir no e-commerce no ano passado. A procura por cursos era muito alta e não atendia a demanda. A solução foi comercializar aulas ao vivo pela rede mundial de computadores. Assim, a página eletrônica da empresa, que funciona desde 2001, vai oferecer o serviço a partir de janeiro. “Nós temos um serviço de alcance nacional, e a estrutura física não comporta o número de pedidos. Então, o comércio eletrônico foi uma saída que, apesar do custo inicial alto, mostrou-se viável e vantajosa, porque agrega outros valores à nossa marca e facilita a vida do estudante”, acredita Alexandre Crispi, diretor da instituição de ensino.

O alto custo é, de fato, um grande problema enfrentado, especialmente, para os donos de empresas menores. Cléber Teixeira, proprietário da rede de restaurantes Brasil Vexado, alega que o empreendimento ainda não aderiu ao e-commerce por questões financeiras. A marca trabalha com entregas de pedidos feitos por telefone, mas a integração com a internet é difícil e cara. “É complicado, porque trabalho com produtos perecíveis, e o serviço precisa ter uma sincronia afinada para que o cliente não espere a comida por muito tempo. Pesquisei e sei que vale a pena investir no comércio eletrônico porque ele pode aumentar as vendas em até 10%. Para isso, a credibilidade é essencial”, ressalta.

O consultor em e-commerce Fausto Freire corrobora a ideia de Teixeira. Para ele, o sucesso da empresa na rede mundial de computadores é proporcional à credibilidade da marca. Freire destaca, também, que não adianta apenas uma página eletrônica atrativa, se não houver uma análise estrutural e um projeto que passe confiança ao internauta. “Eu insisto em um planejamento bem feito porque o e-commerce é uma ferramenta muito importante para a empresa, mas que, para funcionar bem, precisa de um projeto consistente”, conclui.

"Apesar do custo inicial alto, o comércio eletrônico é viável e vantajoso, e agrega valores à nossa marca"

Alexandre Crispi, diretor do Alub.

Os textos veiculados pela Agência Sebrae de Notícias podem ser reproduzidas gratuitamente, apenas para fins jornalísticos, mediante a citação da agência. Para mais informações, os jornalistas devem telefonar para (61) 3348-7494 ou (61) 2107.9362, no horário das 10h às 19h.

http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=9358896&canal=36

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Novo registro do Empreendedor Individual

01.01.2010 | 08:00
Simplificação

Novo registro do Empreendedor Individual começa a funcionar em todo o País
Resolução aprovada nesta quarta-feira prevê modelo mais simples no registro desses empreendedores, sem exigência de entregar formulários em papel nas Juntas comerciais nem assinaturas físicas

Dilma Tavares

Brasília - Está confirmado: a partir da segunda quinzena deste mês de janeiro, a formalização do Empreendedor Individual estará aberta em todos os Estados do País. O sistema de registro, que é feito via internet no Portal do Empreendedor, será mais simples. Não haverá, por exemplo, a necessidade de preencher ou entregar formulários em papel nas Juntas Comerciais ou assinar documentos presencialmente.

É o que estabelece resolução aprovada em dezembro pelo Comitê para a Gestão da Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da legalização de Empresas e negócios (Redesim). Pela resolução, a atividade do empreendedor Individual poderá funcionar de imediato. O sistema já emitirá Alvará e Licença de Funcionamento Provisório, além de um certificado que o identifica como Empreendedor Individual, medida que facilita comprovar sua condição para a Fiscalização.

A resolução também veda qualquer cobrança, por parte da União, Estados, municípios e Distrito Federal, de qualquer valor referente à inscrição ou início da atividade do empreendedor individual, “especialmente quanto às taxas, emolumentos e demais custos relativos à abertura, inscrição, registro, alvará, licença, arquivamento, permissões, autorizações e cadastro”.

O Empreendedor Individual integra a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (inserido via Lei complementar 128/09) e possibilita a formalização dos empreendedores por conta própria com receita bruta anual de até R$ 36 mil por ano. Entre os exemplos estão manicures, costureiras, pipoqueiros e chaveiros. Atualmente as inscrições estão sendo feitas no Distrito Federal e nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo e Ceará. A meta do governo e de entidades parceiras como o Sebrae é formalizar, até o final de 2010, um milhão de empreendedores.

“Com os aperfeiçoamentos no sistema de inscrição, essa meta é perfeitamente factível”, acredita Edson Lupatini, secretário-executivo do Comitê para Gestão da Rede Nacional para a simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) e secretário de Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

O Sebrae também integra o comitê. De acordo com o presidente da Instituição, Paulo Okamotto, este ano o Sebrae deflagrará uma série de ações para orientar esses empreendedores. Entre as medidas está o chamado atendimento negócio a negócio, que levará orientação até os seus locais de trabalho. “Vamos contratar quantos consultores forem necessários para atender a um milhão de empreendedores”, assegurou. A consultoria vai desde o processo de formalização até orientações que possibilitem o aumento da produtividade e da competitividade das atividades econômicas desenvolvidas por esse público.

Serviço:
Agência Sebrae de Notícias - (61) 3348-7138 e 2107-9362 www.agenciasebrae.com.br



Os textos veiculados pela Agência Sebrae de Notícias podem ser reproduzidas gratuitamente, apenas para fins jornalísticos, mediante a citação da agência. Para mais informações, os jornalistas devem telefonar para (61) 3348-7494 ou (61) 2107.9362, no horário das 10h às 19h.

http://asn.interjornal.com.br/noticia.kmf?noticia=9309015&canal=208